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Avaliação psicológica: aspectos teóricos e práticos
A avaliação psicológica tem recebido bastante destaque nos últimos anos, embora diversos problemas relacionados à atuação profissional inadequada na área, bem como problemas de formação, venham sendo apontados na literatura.
Nesse sentido, o presente trabalho visou a investigar o domínio de alguns conceitos essenciais da avaliação psicológica por parte de estudantes e de profissionais.
Uma amostra composta por 40 profissionais formados e 40 estudantes de graduação respondeu a um questionário contendo seis questões abertas que investigavam temáticas como definição da avaliação psicológica.
Métodos que podem ser utilizados durante esse processo, o sistema de avaliação dos testes psicológicos (SATEPSI), os requisitos mínimos para a aprovação de um instrumento, definição de validade e precisão.
Os resultados confirmaram as preocupações encontradas na literatura ao apontarem que, de forma surpreendente, não puderam ser notadas diferenças importantes entre os dois grupos pesquisados em relação ao domínio das questões investigadas, bem como também não apontaram maior conhecimento dos conceitos por parte dos profissionais.
Inúmeras respostas equivocadas foram encontradas, bem como várias respostas em branco ou respostas que representavam o desconhecimento do que estava sendo questionado, de forma a indicar a necessidade de maior cuidado com a formação profissional e a atualização constante dos profissionais que se encontram atuando na área.
Avaliação psicológica: conceito, métodos e instrumentos
O termo avaliação psicológica tem sido usada para descrever um conjunto de procedimentos que têm por objetivo coletar dados para testar hipóteses clínicas, produzir diagnósticos, descrever o funcionamento de indivíduos ou grupos e fazer predições sobre comportamentos ou desempenho em situações específicas (Hutz, 2009, p. 298).
Embora historicamente alvo de questionamentos, embasados principalmente no uso inadequado dos testes psicológicos, na falta de qualidade dos instrumentos, na baixa qualidade dos laudos e nos diagnósticos equivocados (Alves, 2009).
Atualmente o que se nota é um movimento de retomada da área, impulsionado pela publicação da Resolução nº 002/2003 do Conselho Federal de Psicologia, com a criação do Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (Satepsi) e com o estabelecimento do ano 2011 como o Ano da Avaliação Psicológica.
Reconhece-se assim um interesse crescente pela área, confirmado diante do aumento do número de pesquisadores, de publicações e de eventos científicos que envolvem a temática na última década (Noronha, Primi, & Alchieri, 2004).
Assim como da ampliação do nível de qualificação dos pesquisadores e docentes, do surgimento de linhas de pesquisa em vários programas de pós-graduação.
Do aumento da quantidade de pesquisas e da criação de instrumentos novos, bem como da publicação de uma revista especializada no tema e da inauguração de laboratórios de avaliação psicológica, conforme salientado por Pasquali e Alchieri (2001).
Entretanto, por outro lado, convém ressaltar que, contraditoriamente a esse crescimento, ainda hoje se pode notar que parte dos problemas relacionados à área, principalmente aqueles voltados para a questão da formação, ainda persistem.
Os problemas comumente apontados referem-se à formação inadequada dos profissionais, ao uso inadequado de instrumentos psicológicos e à falta de professores especializados, aliados à falta de consenso sobre como deve ser feita a formação do psicólogo nessa área (Alchieri & Bandeira, 2002; Hutz & Bandeira, 2003; Sbardelini, 1991).
Sobre essa questão, um estudo documental realizado por Lisboa e Barbosa (2009), que buscou caracterizar os cursos de graduação em Psicologia no Brasil, identificaram a existência de 396 cursos, que apresentam diferenças significativas entre eles, as quais envolvem desde a carga horária total até as disciplinas oferecidas e a composição do corpo docente.
No entanto, apesar de os cursos serem desenvolvidos sob diferentes enfoques, uma preocupação atual comum envolve questões relacionadas à qualidade da formação em avaliação psicológica, ao uso e à validação dos testes psicológicos, ao conteúdo das disciplinas e à forma como ensino-aprendizagem se integram, levando a aplicação destas à prática profissional (Araujo, 2007).
Dessa maneira, o que se pode notar é que a formação em avaliação psicológica tem constituído um problema central na formação em Psicologia, tendo-se em vista que diferentes autores têm apontado uma relação entre atuações profissionais impróprias e formação inconsistente na área (Noronha, Primi, & Alchieri, 2005).
Isso porque tem sido bastante unânime a constatação de que as disciplinas de avaliação psicológica têm, historicamente, enfatizado prioritariamente questões relativas à aplicação, à correção e à interpretação dos instrumentos (Alchieri & Bandeira, 2002), sendo bastante ausentes discussões mais críticas a respeito do teste ou até de conteúdos mais específicos de psicometria (Noronha, Baldo, Barbin, & Freitas, 2003).
Assim, o ensino dos instrumentos psicológicos tem se mostrado, segundo Trevisan (2011), insuficiente, necessitando de maior aprofundamento teórico e prático, com a compreensão dos limites e do alcance de cada uma das técnicas (p.121).
Some-se a esse quadro o fato de que o crescimento do número de faculdades de Psicologia não tem sido acompanhado, infelizmente, pelo cuidado com a qualidade dos cursos e dos profissionais formados, de maneira que nem sempre atingem a condição desejada, conforme salientado por Calais e Pacheco (2001).
Parte dessa responsabilidade decorre da necessidade, principalmente das faculdades particulares, de permanência no mercado, de forma que, para reduzir custos, tais instituições têm, muitas vezes, dispensado professores mais qualificados e experientes para contratar profissionais com menor titulação, de forma que tal postura acaba por ocasionar uma considerável queda na qualidade do ensino (Alves, 2009).
A partir do estabelecimento das Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Psicologia, no ano 2004, o currículo mínimo existente até então deixou de ser obrigatório, ficando as instituições livres para organizá-lo da forma que melhor compreendessem.
Essa nova lei levou a mudanças significativas, que não só já marcaram como ainda marcarão a formação dos futuros psicólogos, principalmente no que se refere à necessidade de avaliações sistemáticas sobre a qualidade da formação que se tem encontrado nas universidades do País (Noronha et al., 2002).
Nesse sentido, apesar de se ter uma definição simples e clara do que se pretende objetivar com a formação específica na área de avaliação psicológica brasileira, parece que a grande dificuldade tem sido traduzir tais premissas em ações mais concretas, do tipo como formar, o que priorizar e qual a melhor metodologia a ser empregada nesse processo (Noronha, 2006, p. 246).
Isso decorre do fato de que, ainda que as diretrizes indiquem os conhecimentos de avaliação psicológica como uma das competências e habilidades que deveriam ser priorizadas pelas instituições, a norma não especifica um número de disciplinas, de horas ou conteúdos, conforme apontado por Alves (2009).
Em consequência, diversos autores têm se mostrado preocupados com a diminuição considerável no número de disciplinas referentes a avaliação psicológica (Reppold & Serafini, 2010).
Tal fato ocorre porque, conforme salientado por Lohr (2011), o graduando necessita, além de conhecer os testes psicológicos, receber noções de como se elabora um instrumento e de como uma análise dos resultados que ele fornece pode ser conduzida.
Somente assim, ainda segundo o autor, um curso de Psicologia que se proponha a tal reflexão a seus estudantes estará cumprindo um dos âmbitos do seu papel como agente formador (p.145).
A importância do investimento na formação profissional ampara-se, segundo Noronha, na concepção de que, quanto melhor a formação recebida pelos estudantes em sua preparação profissional, tanto melhor sua possibilidade de fazer um bom uso dos instrumentos e da avaliação como um todo (2009, p.78).
Por esse motivo, nos últimos anos, as preocupações têm se voltado para os questionamentos em relação à qualidade da formação em avaliação psicológica, do conteúdo das disciplinas, do uso, da validação e da aplicação dos testes psicológicos na prática profissional e da integração ensino aprendizagem (Araujo, 2007). Entretanto, conforme salientado por Hutz e Bandeira (2003), a formação em avaliação psicológica não deve ocorrer somente na graduação.
Segundo os autores, é necessário que o profissional, além desta, realize cursos de atualização, invista na sua capacitação (por exemplo, por meio da inserção em programas de pós-graduação), visando a continuar a sua formação e a aprimorar o conhecimento pertinente à construção e ao uso dos instrumentos de avaliação.
Do mesmo modo, torna-se imprescindível que os docentes chamem para si a responsabilidade pela formação (Noronha et al., 2002; Noronha, Carvalho, Miguel, Souza, & Santos, 2010), visto que se espera desses profissionais aulas mais consistentes e uma formação mais sólida.
A importância desse fato resulta da constatação de que, quando os professores não têm interesse em se manter atualizados ou em se comprometer com seu trabalho, oferecem formações desarticuladas (e possivelmente ultrapassadas) dos avanços da área.
Dessa forma, Fonseca(2011)salienta que é preciso que se estimulem as instituições de ensino superior a realizar, em nível de pós-graduação, cursos de especialização em avaliação psicológica, ainda tão pouco oferecidos em nosso país (p.135).
Felizmente, em função da própria necessidade dos psicólogos ao se depararem com a prática profissional, importante mudança vem ocorrendo, de forma que os cursos de especialização para avaliação psicológica têm se disseminado com mais intensidade nos últimos anos (Bandeira, 2011).
Dentre as sugestões apontadas em diferentes estudos, destacam-se as seguintes: necessidade de modificação dos currículos específicos para a área de avaliação psicológica, estabelecimento de um currículo mínimo para a formação dos futuros avaliadores.
Priorização do ensino da técnica com qualidade, rompendo-se a tradicional preocupação com a quantidade de testes estudados, e oferecimento de maior aprofundamento teórico no tema, com o intuito de estabelecer uma relação da teoria com a prática (Noronha et al., 2004).
Considerando-se ainda que a avaliação psicológica envolve, na maior parte das vezes, a utilização de instrumental psicológico, torna-se necessário também discutir a questão da validação dos testes, dado o fato de que esta tem constituído um ponto fundamental relativo à cientificidade da área.
Historicamente, o conceito de validade tem sido definido como a capacidade que um instrumento apresenta de medir o que se propõe e o quanto bem faz isso (Anastasi & Urbina, 2000) ou ainda o grau em que todas as evidências acumuladas corroboram a interpretação pretendida nos escores de um teste para os fins propostos.
De modo que o domínio de tal conceito, pelos profissionais e estudantes, torna-se relevante, visto que ele inclui todas as informações que se somam à compreensão dos resultados do teste, tais como fundamentos teóricos e evidências empíricas, conforme Urbina (2007).
Entretanto, não só seu conhecimento se torna essencial, mas principalmente o domínio de suas definições mais atuais, que deixaram de ser compostas pelos três tipos mais tradicionais de evidências de validade (conteúdo, critério e construto).
Passando a englobar nova classificação: evidências baseadas no conteúdo, no processo de resposta, na estrutura interna, nas relações com variáveis externas e nas consequências da testagem, conforme explicitado por Primi, Muniz e Nunes (2009).
Assim, diante das dificuldades e dos questionamentos que se têm feito presentes na área da avaliação psicológica, principalmente aqueles que se referem ao questionamento da formação que se tem oferecido aos futuros profissionais.
Bem como a necessidade do desenvolvimento de estudos que tenham como foco essa área, a presente pesquisa teve como objetivo investigar o conhecimento de estudantes de Psicologia e de profissionais já formados sobre questões relacionadas à temática, através da investigação do domínio acerca de conceitos essenciais da avaliação psicológica.
Método
A amostra foi composta por 80 participantes, a maioria do sexo feminino (77,5%), com idade média de 32,03 anos (D.P.=11,69 anos), divididos em dois grupos: 40 estudantes de qualquer período do curso de graduação em Psicologia e 40 profissionais já formados.
A amostra foi composta por conveniência, visto que seus participantes foram abordados aleatoriamente em um congresso na área da Psicologia, cuidando-se somente em igualar o número de participantes por grupo, para posterior comparação.
Instrumento
Foi aplicado um questionário elaborado pelas autoras, contendo seis questões abertas que investigavam diretamente temas como: definição da avaliação psicológica, métodos que podem ser utilizados durante o processo de avaliação psicológica.
O sistema de avaliação dos testes psicológicos (SATEPSI), requisitos mínimos para a aprovação de um instrumento e definição de validade e precisão.
As questões, dispostas em duas páginas com linhas em branco para resposta, eram entregues diretamente aos participantes.
Avaliação psicológica: Diretrizes na regulamentação da profissão
Conselho Federal de Psicologia (CFP) assina a autoria dessa obra que contou com a cooperação de diversos especialistas da linha de pesquisa sobre avaliação psicológica, divididos em organizadores e autores.
Esse livro, embora tenha sido impresso em setembro de 2010 e apresentado no 3º Congresso Brasileiro de Psicologia: Ciência e Profissão, encontra-se também em formato eletrônico, na página eletrônica do CFP. A obra de 196 páginas foi organizada em dez partes, sendo uma apresentação e nove capítulos.
Na apresentação redigida pelo presidente do CFP, Humberto Verona, salienta-se que, em 2003, foi instituído o Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos – Satepsi (http://www2.pol.org.br/satepsi/).
Integram o Satepsi profissionais e pesquisadores da área de testagem psicológica que, entre outras atividades prestadas em prol da Psicologia brasileira, também colaboram com produções teóricas e metodológicas sobre essa prática privativa do psicólogo brasileiro.
Ressalta-se, na introdução (capítulo um), que essa obra deriva de um esforço coletivo da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP)/ Satepsi do CFP.
Do mesmo modo, pretende-se destacar a importância das conquistas realizadas pelo “Sistema Conselhos – composto pelos Conselhos Regionais de Psicologia”, bem como os dilemas enfrentados nos últimos anos na área.
O capítulo dois, “As políticas do CFP para a avaliação psicológica”, é assinado por Alexandra Ayach Anache e Fabíola Borges Corrêa.
As autoras discutem as políticas (ações, resoluções) do CFP para a avaliação psicológica, as responsabilidades, princípios éticos, a formação e contribuição da CCAP/ * Doutora em Psicologia, professora na graduação e pós-graduação lato sensu em Psicologia na PUC Campinas.
352 Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 18, n. 2, p. 351-353, ago. 2012 Eliana Santos de Farias Satepsi, além dos principais objetivos do CFP (orientar, normalizar, fiscalizar e disciplinar a profissão do psicólogo, e zelar pela ética).
Marcelo Tavares é autor do terceiro capítulo, intitulado “Da ordem social da regulamentação da avaliação psicológica e do uso dos testes”.
Nele, Tavares apresenta alguns critérios (de estratégias e de metodologia) para se considerar um teste válido, sendo ele objetivo ou projetivo, e ressalta que, independentemente dessa característica, a avaliação psicológica sempre foi cientificamente fundamentada.
Aspectos éticos são discutidos no quarto capítulo, “Avaliação psicológica: implicações éticas”, por Alexandra Ayach Anache e Caroline Tossi Reppold.
As implicações éticas presentes num processo de avaliação psicológica, como a escolha coerente do instrumento empregado, a conduta do avaliador para com o avaliado, bem como os documentos decorrentes desse processo, como é o caso dos laudos e relatórios finais.
Configura prática exclusiva do psicólogo (cabível de responsabilidades).
Estender o exercício da avaliação psicológica a profissionais de outras áreas, mesmo que afins, seria um complicador, pois o “sistema conselhos” não teria como intervir, principalmente em casos de mau uso dos testes, por exemplo, deixando a sociedade desprotegida.
Já no quinto capítulo, sobre a “Avaliação psicológica, testes e possibilidades de uso”, de autoria de Blanca Susana Guevara Werlang, Anna Elisa de Villemor-Amaral e de Regina Sonia Gattas Fernandes do Nascimento, discutem-se fundamentalmente aspectos sobre os instrumentos e métodos empregados em prol da avaliação psicológica.
A qualidade desse material deverá ser assegurada por especialistas da área.
No entanto, o uso do instrumental coerente é de responsabilidade do psicólogo, bem como as dos resultados obtidos por meio de tal instrumento.
O capítulo sexto, de autoria de Carlos Henrique Sancineto da Silva Nunes e Ricardo Primi, ambos pesquisadores respeitados em suas áreas, aborda os “Aspectos técnicos e conceituais da ficha de avaliação dos testes psicológicos”, atualizada em 2009 e usada pelo Satepsi.
Esta ficha é preenchida exclusivamente com base nas informações que constam do manual dos testes.
São ponderados aspectos como a descrição geral do teste, análise dos requisitos mínimos do teste e requisitos técnicos (em que se avaliam construto abarcado pelo teste
Área de aplicação do construto, possíveis propósitos do teste, procedimento de adaptação, fundamentação teórica, análise dos itens, precisão ou fidedignidade, validade, sistema de correção e interpretação com base em estudos brasileiros).
Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 18, n. 2, p. 351-353, ago. 2012 353 Resenha:
Algumas diretrizes para a avaliação psicológica Ricardo Primi e Carlos Henrique Sancineto da Silva Nunes elucidam, no sétimo capítulo, “O Satepsi: desafios e propostas de aprimoramento”, que o Satepsi foi iniciado em 2001, com a missão de certificar instrumentos de avaliação psicológica para uso profissional.
Nesse sentido, avalia e qualifica os instrumentos em “apto” ou “inaptos” para uso, de acordo com um conjunto de requisitos mínimos.
Há uma proposta de aumentar esses requisitos mínimos, exigindo, por exemplo, mais estudos que abarquem os diferentes tipos de validação positiva, além de acrescentar recomendações aos autores, entre outros, ou ao considerar os requisitos mínimos usados hoje serem mais minuciosos na avaliação.
No oitavo capítulo, “A avaliação psicológica no contexto organizacional e do trabalho”, Maria Cristina Ferreira e Acácia Aparecida Angeli dos Santos consideram o ambiente do trabalho e apresentam um breve histórico do uso da avaliação psicológica nesse cenário assim como métodos e técnicas de avaliação psicológica empregados.
Regina Sonia Gattas Fernandes do Nascimento e Blanca Susana Guevara Werlang discutem no nono e último capítulo, “Avaliação psicológica para concessão de registro e/ou porte de arma de fogo”, aspectos legais e características socioemocionais dos sujeitos, transcrevendo alguns itens determinantes para permissão do registro e ou porte.
Esse compilado de informações em formato de texto (livro) realizado pelo Conselho Federal de Psicologia se faz indispensável para qualquer profissional atuante na área de avaliação psicologia no País ou mesmo àqueles que gostariam de, ao menos, manterem-se informados sobre o assunto.
Embora não traga uma revisão e ou proposta de atuação nos vários contextos e ou objetivos da avaliação psicológica, ainda assim, implica ser uma leitura obrigatória a estudantes de Psicologia e aos psicólogos atuantes.
Avaliação psicológica: definição
A Avaliação Psicológica é um processo técnico-científico de coleta de dados, realizado com pessoa ou grupos, que tem por objetivo o estudo e interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos resultantes da relação do indivíduo com a sociedade, utilizando, para tanto, de métodos, técnicas e instrumentos psicológicos (Resolução CFP 07/2003).
Trata-se de um procedimento que integra informações provenientes de diversas fontes, como testes, técnicas, entrevistas, observações e análise de documentos.
Por meio da Avaliação Psicológica, é possível investigar diferentes características psicológicas como emoção, afeto, cognição, inteligência, motivação, personalidade, atenção, memória, percepção, entre outros.
A Avaliação Psicológica é uma das áreas mais antigas e mais importantes da Psicologia.
É, por lei, uma prática exclusiva do psicólogo, subsidiando seu trabalho nos mais diversos campos de atuação, dentre eles, a saúde, a educação, o trabalho entre outros (CFP, 2011).
A qualidade e a efetividade da Avaliação Psicológica dependem diretamente da competência técnica e científica dos psicólogos que atuam na área e da qualidade dos instrumentos e procedimentos utilizados.
Neste sentido, o APlab surge com a importante missão de contribuir para o desenvolvimento da Avaliação Psicológica, desenvolvendo pesquisas, buscando evidências de validade para novos instrumentos psicológicos e trabalhando para a qualificação da formação básica e continuada.
Tipos de avaliação psicológica
Psicodiagnóstico:
É o diagnostico psicológico e esclarece a natureza ou o tipo de problemas psicológicos que afetam o paciente.
Este tipo de avaliação é essencial para determinar a gravidade da situação e assegurar um encaminhamento correto quanto ao tratamento terapêutico mais indicado.
Quando associada ao estudo da personalidade do paciente, é útil também em contextos jurídicos (exames médico-legais, perícias da personalidade).
Avaliar incapacidades: Determina o grau e a natureza de certas incapacidades psicológicas (a nível da memória, da concentração, da psicomotricidade, etc.) qual a influência dessas incapacidades no desempenho de atividades profissionais e sociais. Este tipo de avaliação é essencial para juntas médicas, processos de reforma, etc.
Avaliação Neuropsicológica:
Investiga-se o aparecimento e desenvolvimento de perturbações do foro neurológico (demências de tipo Alzheimer, epilepsia, etc.), utilizando testes de desempenho cognitivo enquanto método auxiliar de diagnóstico.
Orientação Vocacional: Fornece uma orientação profissional, com base na avaliação das aptidões intelectuais e das motivações afetivas, perspectivando a construção da futura identidade profissional.
Nosso trabalho consiste em identificar quais são as predisposições, habilidades, inclinações para orientar na escolha profissional dentro do perfil traçado por meio de testes e entrevistas – avaliação, possibilitando uma condição adequada com base sólida para que ele possa decidir ou escolher sofre sua carreira.
Orientação Profissional: A orientação profissional esta focada naqueles que se encontram no mercado de trabalho, que por algum motivo sentem-se desmotivados, desinteressados.
Nossa proposta é de desenvolver junto com o paciente por meio da avaliação psicológica o interesse de suas aptidões e habilidades e ampliar a capacidade de escolhas, favorecendo seu o amadurecendo, motivação e a autonomia de seus interesses.
Seleção e recolocação profissional: Destinado a empresas, por meio de uma avaliação aos profissionais, orientando-o para que este melhor gerencie sua carreira, em relação a meta e objetivos profissionais, auxiliando-os na melhora de seu desempenho profissional, é que buscamos sua recolocação no mercado.
Avaliação de Potencial e Desempenho: Tem como objetivo conhecer e avaliar o potencial dos profissionais, identificando-os a partir das competências priorizadas pata o desempenho da função de seu caro e competências essenciais destacadas pela Empresa.
A avaliação pode ser utilizada para o desenvolvimento de carreira, identificação de talentos, promoção ou reestruturação da área.
Com o desenvolvimento de uma metodologia de avaliação, treinamento da equipe e dos líderes e acompanhamento durante o primeiro ano de implantação.
Escolar: Destinado a alunos, professores e outros funcionários fornecemos um diagnóstico institucional avaliando todas as necessidades institucional.
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