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A manutenção do clima organizacional é indispensável para a construção de um ambiente de trabalho saudável. De acordo com pesquisa realizada pela consultoria Robert Half, 89% das empresas reconhecem que bons resultados estão diretamente ligados à motivação e à felicidade dos funcionários.
Entre os principais fatores que promovem esses sentimentos estão: gostar muito da profissão (69%), o bom equilíbrio entre vida pessoal e profissional (62%), ser tratado com igualdade e respeito (58%), sentir orgulho da organização (53%) e sentir-se realizado com o trabalho (51%).
As lideranças são responsáveis pela criação de um clima organizacional positivo, por meio da maneira como se comunicam, tratam e reconhecem os funcionários. No entanto, o clima não é estático, podendo mudar devido a eventos específicos, como reestruturações na empresa ou mudanças no mercado e na sociedade.
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) alerta que, para manter a produtividade do negócio, é preciso aprender a ouvir os empregados e melhorar as condições de trabalho, estando sempre atento para dar feedbacks e, também, recebê-los.
Aspectos como horário de trabalho flexível, relações respeitosas, autonomia do profissional, diversidade e participação nas decisões podem influenciar na construção de um bom clima organizacional, assim como a oferta de programas de apoio psicológico que incentivam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Como fazer o diagnóstico do clima organizacional?
O Sebrae recomenda que as empresas realizem o diagnóstico de clima organizacional para entender a qualidade do ambiente percebida pelos colaboradores. Caso a companhia conte com uma área de Recursos Humanos (RH), a indicação é que ela conduza a avaliação.
Caso não tenha, o diagnóstico pode ser terceirizado e solicitado a uma consultoria especializada na área. Esse processo, conhecido como Outsourcing de RH, permite que as empresas deleguem funções administrativas e operacionais, liberando a liderança para focar em iniciativas que melhorem o clima organizacional.
A pesquisa só deve ser aplicada se houver apoio do dono ou dos executivos da empresa, pois, caso o clima não seja favorável, será necessário desenvolver um plano de ação para implementar melhorias. De nada adianta se os líderes não tomarem as devidas atitudes, de acordo com o resultado.
Para que os empregados se sintam seguros para participar, sem medo de represália ou demissão, a pesquisa deve ser sigilosa. Se todos tiverem acesso a computadores e internet, a sua aplicação no formato on-line facilita a tabulação dos dados.
Após os resultados, o próximo passo é preparar uma apresentação para compartilhar com a equipe, abrindo espaço para que os funcionários deem sugestões complementares, elaborar um plano de ação para a melhoria das questões necessárias.
Benefícios são principais atrativos para os profissionais
No processo de recrutamento e seleção, a oferta de benefícios corporativos pode influenciar diretamente na atração de talentos. De acordo com levantamento do Glassdoor, 57% dos trabalhadores consideram que eles são determinantes na decisão de aceitar ou não uma proposta de emprego.
Além dos benefícios corporativos tradicionais, como plano de saúde e auxílio-alimentação, é possível inovar na oferta: programas de convênio com academias e eventos culturais, day off, bonificações para desenvolvimento profissional, a partir de cursos, workshops e programas de mentoria são alternativas que vêm sendo usadas pelas organizações.
A Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) alerta que, antes de disponibilizar os benefícios corporativos, é importante realizar uma pesquisa interna para identificar o perfil da equipe e as suas necessidades.
Desta forma, a empresa não só fortalece o clima organizacional, mas também assegura que os benefícios oferecidos estejam alinhados com as expectativas dos colaboradores, contribuindo para a sua felicidade e para um ambiente de trabalho mais positivo e produtivo.
Saúde mental deve ser considerada
A promoção da saúde mental deve ser levada em consideração pela empresa. Pesquisa realizada pela Deloitte, consultora empresarial e de gestão de riscos, identificou que 67% dos entrevistados gostariam de atuar em um local com condições que propiciem o bem-estar. O dado evidencia a necessidade de elaborar medidas que evitem o estresse e a pressão excessiva.
Além disso, 85% dos líderes de RH avaliam que os programas de bem-estar aumentam o engajamento das equipes e diminuem o custo com atração e retenção de talentos. Os dados são do relatório ROI do Bem-Estar, do Wellhub, e revelam que o fortalecimento da reputação da organização no mercado de trabalho facilita recrutar os melhores e mais capacitados colaboradores.